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Estado de São Paulo tem surto de caxumba. Saiba como identificar os sintomas e prevenir a doença

Publicado em 25/11/2016 às 06:37

O preocupante aumento de casos de caxumba no Estado de São Paulo alerta a população para a prevenção da doença. Apenas em 2016 foram registrados 4.193. Para se ter noção no ano de 2015 no Estado de São Paulo foram registrados 215 casos. Mas, afinal, por que há tantas pessoas acometidas pelo vírus da caxumba? De acordo com a infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Graziella Hanna Pereira, a vacina contra a doença somente é eficaz se forem aplicadas as duas doses recomendadas; caso contrário não há proteção.

“É importante que crianças e até mesmo adultos tomem a vacina de forma correta. Só assim a caxumba poderá ser evitada com mais segurança”. A tríplice viral protege de três doenças: sarampo, rubéola e caxumba. Já a vacina quádrupla viral combate sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A transmissão da caxumba ocorre pelo ar e pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas, por isso, a especialista também indica lavar sempre as mãos e manter os ambientes com boa ventilação.

Além da prevenção, é importante ficar atento aos sinais da doença que podem ser confundidos com uma simples inflamação na região do pescoço e face (que podem ser ocasionados por outros tipos de vírus) ou com a formação de cálculos (pedras) nas parótidas (glândulas salivares). A infectologista explica que a confusão existe porque ambas apresentam sintomas muito semelhantes.

Já a caxumba é contraída por contato direto, gotículas aéreas (espirro ou tosse), objetos contaminados por saliva e provavelmente urina. Fadiga, febre, mal-estar, perda de apetite e inchaço na região do pescoço são os sintomas mais comuns nos pacientes. Vale lembrar que uma vez contaminado o indivíduo não será infectado novamente.

“É um mito que precisa ser derrubado. Após a infecção, as pessoas sempre ficam imunes”, enfatiza a infectologista. Ela acrescenta que é possível identificar a doença com uma simples análise clínica. Entretanto, o mais seguro é solicitar o exame de sangue, que detecta a presença de anticorpos contra o vírus.

O repouso é um cuidado essencial para a recuperação do infectado, uma vez que não existem medicamentos específicos para tratar a caxumba. “Se não for respeitada a orientação médica, o paciente corre o risco de complicações sérias, como a inflamação dos testículos e dos ovários (que pode resultar em esterilidade, meningite asséptica, pancreatite, neurite e surdez”, lembra.

 

 

 

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