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Transfobia

Justiça mantém condenação de homem preso por matar travesti em Atibaia

Homem mantinha relacionamento com travesti e a matou depois de ameaça de expor a relação nas redes. Após a morte, homem levou tablet e celular da vitima.

Publicado em 25/11/2020 às 23:45

A Justiça manteve a condenação de um homem a dez anos de prisão pela morte de uma travesti em Atibaia. A transexual havia sido morta pelo homem porque, segundo a polícia, ele queria esconder o relacionamento. O homem está preso desde 2014 e tentava reverter a decisão do júri, mas pedido foi negado.

O crime aconteceu em agosto de 2013 quando a travesti de 34 anos foi morta com cerca de 30 golpes de faca. De acordo com as investigações, o homem teria tido um relacionamento com a travesti por cerca de cinco meses e, após uma traição, ela teria dito que compartilharia fotos dos dois juntos nas redes sociais. 

Para manter o relacionamento em segredo o homem foi à casa da vítima e, durante uma briga, deu diversos golpes de faca, a maior parte no pescoço. Após o crime, ele fugiu levando o celular e o tablet da vítima, na tentativa de ocultar provas do relacionamento. 

A vítima foi encontrada cerca de uma semana depois depois que os vizinhos perceberam o mau cheiro da casa. O homem foi preso cerca de um mês após o crime e confessou ter cometido o homicídio. 

Ele havia sido condenado a dez anos de prisão em 2019, mas recorreu da decisão pedindo que a pena fosse reformulada. A justiça, no entanto, negou o pedido e manteve a condenação. 

"O número exacerbado de facadas se traduz no sofrimento maior da vítima, considerando a dor, a angústia, o desespero. Ademais, o réu mantinha relacionamento íntimo com a vítima, aproveitando-se da confiança que esta tinha nele para conseguir ingressar na residência para praticar o homicídio. O apelante, em seu interrogatório, foi específico ao referir que aguardou a morte da vítima para retirar a chave da residência de seu bolso, demonstrando extrema frieza”, disse o juiz em sua decisão, publicada no dia 13 de novembro. O autor segue preso.

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