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Atividades para o cérebro mantêm a saúde mental

Ter uma mente treinada mantém a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde mental no período de quarentena; saiba como a ginástica cerebral pode ajudar.

Publicado em 08/10/2020 às 00:52

(Foto: Divulgação)

Passamos dos seis meses de pandemia no Brasil. Pessoas de todas as idades se viram em uma realidade que ninguém imaginava. O distanciamento social, a falta de atividades de lazer, a rotina de home office e os estudos à distância proporcionaram uma grande mudança repentina no dia a dia e também, na saúde mental. Nesse dia 10 de outubro, comemoramos o Dia Mundial da Saúde Mental e esse tema tornou-se discussão frequente em 2020.

Este momento pode ser um fator agravante de sintomas depressivos, prejudiciais à saúde mental. Os momentos de solidão e estresse podem ocasionar ansiedade, tristeza – desde as crianças que estão em casa até os idosos que muitas vezes, se encontram isolados da família para se preservarem.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados na última pesquisa de 2013, pessoas com idades entre 60 e 64 anos representam a faixa etária com maior proporção (11,1%), entre os 11,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a depressão e este índice vem aumentando com o passar dos anos. 

E esse índice também é preocupante entre adultos e jovens. Dados da OMS mostram que o Brasil é um dos países com o maior número de ansiosos em sua população, 9,3% e 86% dos brasileiros possuem algum transtorno na saúde mental, como depressão e ansiedade.

Estudos indicam que a participação em atividades culturais, educacionais e de lazer para o corpo e para a mente são formas eficazes para a proteção, prevenção e tratamento das alterações do humor, dos sintomas de estresse e da sensação de solidão.

“Por isso, é muito importante estar atento à qualidade do sono, à manutenção de uma rotina alimentar saudável e à realização de atividades que garantam bem-estar, como leitura, assistir a filmes, exercícios físicos e praticar exercícios de estimulação cognitiva, como a ginástica para o cérebro, por exemplo”, diz Leonardo Kawashita, especialista em ginástica para o cérebro e diretor do SUPERA Rudge Ramos (SP).

Nesse momento de retomada parcial das atividades no país, é preciso se reinventar. Exercícios que estimulam o cérebro podem ser feitos em casa e garantem muito divertimento, além de garantirem uma mente mais ativa e desafiada.

Leonardo Kawashita é diretor de uma academia de ginástica para o cérebro em São Bernardo do Campo - Rudge Ramos. A escola oferece um curso de ginástica para o cérebro - uma boa alternativa para que toda a família mantenha a saúde mental, independentemente da idade. Durante a pandemia, as aulas on-line foram uma opção para os alunos se manterem ativos em casa.

“As aulas acontecem em turmas separadas por idade, com a realização de atividades direcionadas à faixa etária, proporcionando interação social, sensação de valorização e respeito, além da melhoria da autoestima, uma vez que os alunos são incentivados a realizar novas aprendizagens e a realizar novos projetos.”, diz Leonardo. A partir de setembro, as aulas presenciais retornaram com todos os cuidados recomendados e de maneira gradativa. Porém, as aulas on-line e híbridas permanecem.

Os alunos utilizam ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), apostilas com exercícios cognitivos, jogos on-line, jogos de tabuleiro e dinâmicas.

“Iniciei o curso em maio de 2019 e durante a quarentena, as aulas de ginástica para o cérebro continuaram em casa, com todos os cuidados. Desde o primeiro momento, fui acolhida muito bem e sou grata por participar de uma aula agradável, que me garante diversos benefícios na memória e na minha autoestima. Foi algo que me proporcionou bem-estar e felicidade, recomendo a todos.”, conta Maria Cleusa, de 68 anos, aluna do curso de ginástica para o cérebro do SUPERA Rudge Ramos (SP).

Para os jovens, o curso também mostra a importância de desenvolver as habilidades socioemocionais; nesse momento de pandemia, tem sido essencial para que os adolescentes se sintam mentalmente saudáveis.

Além disso, o treinamento cognitivo ajuda a manter o cérebro saudável, otimizando o desempenho de habilidades como a memória, a concentração, o raciocínio e a criatividade. Assim como postergando o aparecimento de demências e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, por exemplo.

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