Em uma iniciativa pioneira, Atibaia adotou a tarifa social coletiva, uma nova modalidade de cobrança que beneficia diretamente 1.480 famílias vulneráveis nos residenciais Jerônimo de Camargo I a V. Este projeto é resultado da colaboração entre a autarquia municipal SAAE Atibaia e a agência reguladora Ares-PCJ, que visam expandir o acesso a serviços básicos por meio de inovações regulatórias e contratuais.
O modelo antigo, baseado em tarifas individuais, mostrou-se inadequado para a realidade socioeconômica das famílias desses condomínios. Os altos custos e a complexidade da cobrança individual resultavam em altas taxas de inadimplência e dificuldades de acesso ao serviço. Com a nova abordagem, o valor médio das faturas foi reduzido significativamente, de R$ 190,00 para R$ 80,00, diminuindo também a inadimplência em 33% em apenas seis meses.
Este projeto não só aliviou o fardo financeiro sobre as famílias economicamente vulneráveis, mas também resolveu litígios judiciais relacionados à antiga forma de cobrança. A iniciativa recebeu amplo reconhecimento do judiciário e é vista como um exemplo de como as políticas públicas podem ser adaptadas para promover a justiça social efetiva.
Em uma recente visita aos residenciais Jerônimo de Camargo, o prefeito Emil Ono e a superintendente da SAAE Atibaia, Fabiane Santiago, tiveram a oportunidade de conversar diretamente com os moradores, ouvindo suas experiências e recebendo feedback sobre as mudanças. A visita foi marcada por relatos emocionantes de como a nova tarifa social coletiva transformou a vida das famílias, proporcionando não apenas economia financeira, mas também um sentimento de inclusão e dignidade.
A tarifa social coletiva em Atibaia é um testemunho de como a inovação e a colaboração entre diferentes setores podem resultar em benefícios significativos para a comunidade. Este modelo está agora sendo observado por outras regiões como um exemplo potencial a ser seguido no enfrentamento de desafios semelhantes em áreas urbanas densamente povoadas.
