A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a empresa Bioplugs, de Atibaia (SP), desenvolveu um robô que pode ver e plantar pequenas mudas de flores. Com algoritmos de visão computacional, o robô recebe um sistema de visão 3D, o que permite pegar a muda de flor, transportar e plantá-la em um local pré-determinado pelo programador. A versão piloto do robô deverá estar finalizada até o final de maio.
O professor Daniel Albiero, responsável pelo projeto, explica que o cobot, robô colaborativo, foi customizado a partir de uma multinacional suíça para uso na indústria e agora será utilizado no mercado agrícola de forma pioneira e particularizada. O robô florista é composto por um braço mecânico fixo e, após ajustes da versão piloto, a perspectiva é que o projeto ganhe escala. O uso do robô poderá criar uma linha de produção nos viveiros, deixando a mão de obra humana encarregada de tarefas mais elaboradas.
O proprietário da Bioplugs e patrocinador do estudo, Olimar Nunes do Amaral, ressalta que o robô está sendo criado para suprir uma necessidade de mão de obra de tarefas simples da cadeia de flores. O uso de cobots é uma tendência global, de acordo com dados da Federação Internacional de Robótica, e o portfólio de produtos disponíveis no mercado vem conquistando versatilidade, ampliando possibilidades de utilização e adesão em diferentes setores produtivos.
