Atibaia, confirmou sua posição de liderança no setor agrícola ao ser oficialmente reconhecida como a Capital Nacional do Morango, um título concedido após a aprovação de um projeto de lei do deputado federal Roberto Alves. Embora a cidade não seja mais a maior produtora do país, continua a dominar no estado de São Paulo, graças a inovações tecnológicas que contribuíram significativamente para o cultivo tradicional da fruta.
Gabriel Sola, Secretário Municipal de Agricultura, destacou que tecnologias como o mulching e a mangueira de gotejo foram desenvolvidas em Atibaia. "Foi em Atibaia que o morango foi aprimorado pela tecnologia que a Prefeitura trouxe em parceria com a Embrapa. Na década de 1980 e 1990, éramos a maior produtora do Brasil, com mais de um milhão de plantas no município", afirmou.
A cidade tem lutado contra desafios como a falta de mão de obra e pesquisa, além de uma campanha passada que associou o morango a excesso de agrotóxicos, fazendo com que o preço caísse e prejudicasse os produtores. Entretanto, ela segue inovando e se destacando. Um exemplo recente é a criação do morango branco por Aflânio Tomikawa, que utilizou recursos fornecidos pela Prefeitura através do programa Inovati Agro.
Atibaia também está fazendo avanços notáveis através do Programa de Revitalização da Cultura do Morango, que fornece assistência técnica, análise de solo, e mudas aos produtores. Além disso, uma parceria com a Embrapa promete trazer novas variedades de morangos ao mercado após quatro anos de pesquisa.
A cidade se orgulha do Programa PIMo (Produção Integrada do Morango), uma iniciativa da Embrapa, que promove a produção rastreada, controle do uso de defensivos e aplicação de boas práticas de produção. "O programa ajuda o produtor a qualificar seu morango em relação aos outros. É um selo de qualidade do morango local", enfatizou Gabriel.
Atibaia não é apenas conhecida por seus morangos, mas também por ser a maior produtora de flores do Brasil. O Programa Atibaia Florida está adornando a cidade com canteiros de flores, justificando seu título informal de cidade das flores.
"Estamos acompanhando a tecnologia, que está cada vez mais substituindo a mão de obra", acrescentou Gabriel, referindo-se a um projeto de plantio de flores utilizando robôs. "O campo tem espaço para todos", concluiu.
