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Socorro financeiro sancionado por Bolsonaro prevê repasse de R$ 330 milhões

Medida prevê repasses aos municípios como ajuda financeira contra os impactos da pandemia do Covid-19. Repasse é de R$ 330 milhões a cidades da região.

Publicado em 28/05/2020 às 00:23

(Foto: G1 Vanguarda)

Os municípios do Vale do Paraíba e região bragantina irão receber uma ajuda financeira emergencial de R$ 330 milhões do governo federal durante a pandemia do coronavírus.

A medida foi sancionada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (28). Ao todo, a ajuda financeira a estados e municípios será de R$ 60 bilhões. O texto foi publicado na edição desta quinta-feira (28) do "Diário Oficial da União".

O projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional para ajudar estados e municípios a enfrentarem os efeitos causados pela perda de arrecadação durante a pandemia do coronavírus e reforçar ações de assistência social.

De acordo com o projeto de lei sancionado, o valor será pago em quatro parcelas. Uma cota do valor destinado deve ser, obrigatoriamente, investido em políticas de saúde pública e assistência social.

A distribuição por municípios é feita com base no número de habitantes. Confira abaixo quanto será destinado a cada cidade do Vale do Paraíba e região bragantina:

Município - Valor

Aparecida - R$ 4.044.196,59

Arapeí - R$ 276.160,12

Areias - R$ 434.652,98

Atibaia - R$ 15.967.960,55

Bananal - R$ 1.224.209,19

Bom Jesus dos Perdões R$ 2.846.384,24

Bragança Paulista R$ 18.865.684,40

Cachoeira Paulista R$ 3.727.658,26

Campos do Jordão R$ 5.826.094,87

Canas R$ 574.690,44

Caraguatatuba R$ 13.593.475,68

Caçapava R$ 10.543.410,77

Cruzeiro R$ 9.198.402,50

Cunha R$ 2.410.053,49

Guaratinguetá R$ 13.623.228,05

Igaratá R$ 1.066.387,43

Ilhabela R$ 3.911.429,46

Jacareí R$ 26.135.328,26

Jambeiro R$ 738.440,30

Joanópolis R$ 1.478.670,21

Lagoinha R$ 547.622,49

Lavrinhas R$ 812.038,26

Lorena R$ 9.921.854,77

Monteiro Lobato R$ 520.442,70

Natividade da Serra R$ 745.039,51

Nazaré Paulista R$ 2.071.927,92

Paraibuna R$ 2.038.148,91

Pindamonhangaba R$ 18.827.655,06

Piquete R$ 1.527.549,10

Piracaia R$ 3.053.867,84

Potim R$ 2.756.344,18

Queluz R$ 1.501.040,41

Redenção da Serra R$ 430.738,20

Roseira R$ 1.198.147,91

Santa Branca R$ 1.654.052,58

Santo Antônio do Pinhal R$ 761.817,16

Silveiras R$ 704.885,00

São Bento do Sapucaí R$ 1.216.715,17

São José do Barreiro R$ 463.846,10

São José dos Campos R$ 80.750.158,04

São Luiz do Paraitinga R$ 1.195.351,63

São Sebastião R$ 9.952.501,94

Taubaté R$ 35.224.564,19

Tremembé R$ 5.277.689,42

Ubatuba R$ 10.155.958,91

Vargem R$ 1.178.573,98

Total R$ 330.975.049,17

Vetos de Bolsonaro

Bolsonaro acolheu os quatro vetos sugeridos pela equipe econômica do governo. Veja quais os trechos vetados e as justificativas apresentadas pelo governo:

Aumento a servidores: abertura de exceção para que servidores da saúde e segurança pública pudessem ter os salários reajustados. Com o veto, não haverá reajustes para nenhuma categoria do serviço público até o final do ano que vem. Segundo o governo, a manutenção do dispositivo retiraria quase 2/3 do impacto esperado para a restrição de crescimento de despesa com o pessoal;

Concursos públicos: vetada suspensão dos prazos de validade de concursos públicos homologados até 20 de março.Segundo o governo, o dispositivo fere o pacto federativo e a autonomia dos entes da federação;

Garantias e contragarantias: trecho proibia a União de executar garantias e contragarantias em caso de inadimplência em 2020. De acordo com o governo, se a proibição permanecesse, haveria o risco de o Brasil se tornar inadimplente perante o mercado doméstico e internacional;

Previdência: trecho previa a suspensão das parcelas relativas aos pagamentos dos financiamentos de dívidas dos Municípios com a Previdência. Governo afirma que o parágrafo é inconstitucional, porque o prazo suspenderia o limite de 60 meses.

Divisão do dinheiro

A proposta foi aprovada em 6 de maio, e sancionada cerca de três semanas depois. O texto enviado pelo Poder Legislativo prevê que a União vai transferir diretamente a estados e municípios R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais.

O projeto do Congresso ainda suspende as dívidas de estados e municípios com a União, inclusive os débitos previdenciários parcelados pelas prefeituras que venceriam este ano. Esse ponto pode gerar um impacto de R$ 60 bilhões à União.

O repasse direto, em quatro parcelas, será dividido da seguinte forma:

R$ 50 bilhões em compensação pela queda de arrecadação (R$ 30 bilhões para estados e DF; R$ 20 bilhões para municípios);

R$ 10 bilhões para ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para estados e DF; R$ 3 bilhões para municípios).

O projeto

Inicialmente, o projeto previa como contrapartida para a ajuda o congelamento de salários de servidores municipais, estaduais e federais.

Quando o texto tramitou pela primeira vez no Senado, os senadores abriram uma exceção e permitiram reajuste para servidores civis e militares que atuam diretamente no combate à pandemia de Covid-19: profissionais das áreas da saúde, da segurança e das Forças Armadas.

Essa costura no texto foi feita com aval do Palácio do Planalto. A previsão era que, mesmo com a exceção aberta pelos senadores, a União pouparia R$ 93 bilhões com o congelamento nos salários.

Quando o texto chegou à Câmara, os deputados decidiram aumentar a lista de categorias com possibilidade de reajuste.

Como houve mudanças, o projeto voltou à análise do Senado. O presidente da Casa e relator do projeto, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), tentou construir um "meio-termo" entre as versões, acatando parcialmente as inclusões feitas pelos deputados.

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