Os trabalhadores da Ford fizeram um protesto nesta quarta-feira (13) em frente à Câmara Municipal em Taubaté (SP). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a medida é uma forma de pedir a atenção do poder público para a situação com o fechamento da empresa na cidade. Com o fim da operação na unidade, 830 trabalhadores devem ser demitidos.
Os funcionários começaram a se reunir em frente à Câmara por volta das 8h. Até às 9h45, funcionários e sindicalistas permaneciam no local, onde são apresentados os pontos discutidos com a prefeitura e o governo estadual durante a reunião nesta terça-feira (12).
O Sindicato dos Metalúrgicos quer que a empresa mantenha a garantia dos empregos até 31 de dezembro, período de estabilidade aprovado em acordo com a montadora. Além da assembleia, um grupo permaneceu em vigília na fábrica durante a madrugada para garantir que a empresa não faria a retirada de peças ou maquinário.
Nesta terça-feira (12), a entidade e a prefeitura de Taubaté estiveram no Palácio dos Bandeirantes para uma reunião com representantes do governo estadual. De acordo com a gestão, o Estado apontou interesse de duas empresas em assumir a planta na cidade com a saída da Ford. Apesar disso, não informou quais seriam as empresas.
A prefeitura informou que, além do governo estadual, vai acionar o governo federal para encontrar alternativas para os funcionários.
Em Taubaté, a montadora atava há 52 anos e vinha passando por dificuldades e adotando medidas diante do cenário econômico, como paralisação da produção, redução de salários e jornadas e demissões. Apesar disso, o sindicato disse que foi surpreendido com a decisão, sem aviso prévio ou tentativa de alternativas para os funcionários.
Em comunicado, a marca diz que a decisão foi tomada "à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas".