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Racionamento de água impacta 35 mil moradores em Atibaia

Córrego Onofre é responsável por 25% do abastecimento do município e está em níveis baixos.

Publicado em 07/10/2020 às 07:52

(Foto: Imagem ilustrativa para notícia)

Cerca de 35 mil pessoas são afetadas pelo racionamento de água em Atibaia, segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). O controle no abastecimento, que iniciaria nesta quarta (7), foi antecipado emergencialmente para terça após queda acima do esperado no Córrego Onofre.

Por causa da falta de água, a Prefeitura de Atibaia anunciou estado de calamidade pública.

"Precisamos que as pessoas entendam que é racionamento. É comum que, com um anúncio como esse, elas estoquem. Mas isso não pode acontecer, pois vamos ter o efeito contrário no sistema do que precisamos hoje", afirma Santiago, superintendente do Saae.

Os bairros afetados são Jardim Imperial, Jardim Cerejeiras, Nova Atibaia, Caetetuba, Alvinópolis II e imediações.

Racionamento

O Saae havia anunciado o plano de contingenciamento, com interrupção no abastecimento, no último domingo. Atibaia é abastecida por dois sistemas principais: o córrego do Onofre, que abastece a região de Caetetuba, Cerejeiras, Imperial e imediações, e o Rio Atibaia, responsável por abastecer o restante do município.

De acordo com o órgão, o plano foi acionado depois de uma queda no volume de água acentuada. O córrego do Onofre é responsável pelo abastecimento de 25% da cidade, incluindo residências e produtores rurais. Ele não está ligado a outros sistemas e depende, exclusivamente, do clima para voltar aos níveis normais.

O plano estava previsto para começar nesta quarta-feira (7) com interrupções noturnas no abastecimento, das 21h às 6h, em dias alternados: às quartas, sextas e domingos. Apesar disso, com a baixa acima do esperado nesta terça-feira (6), o racionamento foi antecipado.

Volume abaixo

O Saae retira do Córrego do Onofre 120 litros por segundo para o abastecimento e teve de desligar uma das bombas de captação, reduzindo a capacidade para 80 litros por segundo.

"Nós não vivemos isso nem na crise hídrica de 2014. É algo completamente atípico. Estamos em uma estação seca do ano e a previsão de chuva é para o segundo semestre de outubro, precisamos que as pessoas façam o uso racional", comentou Fabiane.

O órgão também vai reforçar a fiscalização na rede. Uma das suspeitas é de que sistemas dependentes do rio estejam tirando limite além do permitido. O rio fornece água para o sistema de captação do SAAE, condomínios e produtores locais. Cada um tem uma outorga que autoriza um limite de água, prevendo a manutenção dos volumes do rio.

"Estamos em uma estação seca, mas já passamos por temporadas assim sem observar uma crise como essa. A gente pediu que seja reforçada a fiscalização para entender se há ação humana, com uso além do permitido da água", comentou Fabiane.

A previsão é de que o plano de racionamento se estenda até 18 de outubro, quando vai ser feita uma reavaliação.

De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) a chegada da chuva regular na estação acontece na segunda quinzena de outubro. Apesar disso, a presença de um anticiclone sobre o continente tem feito o tempo permanecer mais seco que o comum e pode atrasar a chegada da chuva. A previsão atual é de que isso ocorra no começo de novembro.


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